terça-feira, 7 de outubro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

A INFLUÊNCIA DOS EUA NO TELEJORNALISMO "GLOBAL"

Desde o seu surgimento, a Tv Globo saiu à frente das demais emissoras de televisão brasileiras. Com grande capital estrangeiro investido na emissora – graças ao acordo com o grupo norte-americano Time-Life – mesmo quando esse tipo de investimento era proibido por lei, a rede Globo teve todo o suporte financeiro e técnico para tornar-se a preferência nacional.

No telejornalismo não é diferente. Apesar das constantes críticas feitas à emissora ao longo dos anos, os repórteres da Rede Globo são considerados exemplo de qualidade há muito tempo. O curioso é que, quando saem da emissora, esses mesmos repórteres parecem “desvalorizar” no mercado de trabalho. A pergunta que surge é: os repórteres estão na Rede Globo porque são bons, ou são bons porque estão na Rede Globo? A emissora parece valorizar os profissionais, tanto que o sonho de grande parte dos estudantes de jornalismo do país é trabalhar nessa grande máquina do jornalismo brasileiro.

Ao analisar o jornalismo feito pela Rede Globo, não é difícil perceber que a emissora parece seguir a mesma cartilha rigidamente desde o começo. Conhecendo um pouco de história, é possível constatar que muito do que o jornalismo “Global” – que é sinônimo de jornalismo brasileiro – é hoje, deve-se ao jornalismo norte-americano.

A televisão da Europa e dos EUA possuem características diferentes, visto que são resultados de modelos diferentes. O telejornalismo brasileiro, no entanto, importou o que há de mais duvidoso no modelo norte-americano. Com sua escola de jornalismo "clean", ou seja, "limpo", os EUA ficaram a anos-luz do jornalismo engajado e crítico praticado na Europa. Como não é de "bom tom" tomar posições a olhos vistos, tomaram-se os mitos da imparcialidade e da objetividade como verdades inabaláveis até hoje.

O mundo “globalizado” poderia muito bem ser chamado de mundo “americanizado”. A influência dos EUA não está só na televisão brasileira, mas em toda parte, seja por meio de grandes marcas comerciais, seja por modismos, culinária e estilo de vida. A televisão é o grande meio de comunicação nos Estados Unidos, e no Brasil o contexto não é diferente. A grande massa brasileira não tem acesso aos jornais impressos, seja por limitação financeira ou por falta de acesso à educação de qualidade. Portanto a televisão acaba sendo a “janela para o mundo” de grande parte da população.

Na comparação entre a produção brasileira de telejornal e as produções norte-americanas, percebe-se que o jornalismo brasileiro, tomado pela cartilha do Tio Sam, trabalha sempre a com a defesa da objetividade e imparcialidade. O jornalismo brasileiro absorveu muito do jornalismo norte-americano também em relação aos enfoques dados nas matérias. Em ambos, há uma supervalorização de personalidades e a publicação dos fatos sem uma análise profunda. É um tipo de jornalismo até então diferente do jornalismo europeu, que tem uma abordagem mais pedagógica e uma interpretação analítica e intelectualizada dos fatos.

O Jornal Nacional é referência de telejornal no Brasil. Ele foi o primeiro a transmitir seu sinal do norte ao sul do país em rede nacional, graças ao apoio do governo militar. Além disso, outra marca do telejornal em relação aos outros programas jornalísticos da Tv, sempre foi a preocupação com o aprimoramento técnico, de modo a se consolidar como modelo de telejornalismo brasileiro. Sempre no mesmo horário, sempre com a mesma duração, sempre antes da novela das oito, que passa às nove. O Jornal Nacional consolidou o formato asséptico de telejornalismo, e as demais emissoras, na expectativa de conseguir uma fatia da audiência, segue o modelo tão exageradamente a ponto de produzir clones, como é o caso do Jornal da Record.

Em nome do Padrão Global, orientações absolutamente burocráticas, que pretendem dar ao jornalismo um tratamento objetivo, são aceitas como regra. Como se Jornalismo fosse uma ciência exata. São exemplos disso orientações como o estabelecimento do tempo de duração que uma sonora deve ter em um VT, assim como o tempo total de uma matéria - independentemente da a complexidade do assunto - para que não se comprometa o ritmo da reportagem. O tempo não pára e o jornalismo é feito em tempo real, e todas as matérias devem ser cronometradas. Há muita informação para transmitir e pouco tempo a perder com análises. O público está esperando pela novela ou pela próxima atração.

Como demais características , o telejornalismo brasileiro tem nítida aproximação com a teledramaturgia. O noticiário é praticamente uma novela da vida real. É preciso criar um vínculo com o telespectador, algo que prenda sua atenção. Por outro lado, os telejornais brasileiros são incapazes de fazer uma boa explanação ou contextualização das notícias. Quase não se conecta a informação de hoje com uma informação dada meses antes. A ênfase no prazer estético e no apelo emocional em detrimento das notícias é outra característica. A forma como as informações são hierarquizadas também foi aprendida com os americanos. O dado mais importante é a solução do conflito. Até mesmo o encerramento dos jornalísticos foi importado: o tradicional enquadramento final dos dois âncoras, arrumando seus roteiros e conversando entre si, indica que os telespectadores devem voltar à vida normal.

O fato de ainda tomarmos a Rede Globo como o exemplo máximo a ser seguido indica que faltam opções. O telejornalismo no Brasil ainda é pobre, e vale ressaltar, é cópia da cópia norte-americana. A realidade brasileira é outra, e isso dipensa maiores explicações. O estômago brasileiro se acostumou ao enlatado norte-americano. Os estudantes de jornalismo devem ficar atentos e evitar cair nessa cilada. Não é preciso mais do mesmo. É preciso encontrar uma identidade própria, um modelo novo, soluções criativas. Uma pausa nessa influência desmedida não faria mal. E parar de responder ao "Boa noite" do Jornal Nacional também não.

por Paula Bucar
(paula.bucar@gmail.com)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

"REDE GLOBO: 40 ANOS DE PODER E HEGEMONIA" VALERIO BRITTOS (org.)

REFERÊNCIAS VIRTUAIS

http://www.bocc.ubi.pt/pag/piccinin-fabiana-telejornalismo-americano-europeu.pdf

http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0647-2.pdf

quinta-feira, 29 de maio de 2008

TV Universitária e Cidadania

A universidade é um meio democrático, lugar onde se discute diversos pontos de vista, onde há trocas experiências e reflexões. A multiplicidade de idéias é uma das forças que sustenta o intelecto acadêmico e garante sua existência. O pensamento universitário na sua grandiosidade e alto nível tenta sempre se adaptar às mudanças e conseguir expandir suas idéias, afim de que possa atingir uma grande parcela de cidadãos. Muitos foram e ainda são os desafios das instituições universitárias. Hoje, no século das altas tecnologias e das culturas de massa; ela busca um espaço no meio mais difundido no mundo, a TV.

Muitos confundem a TV educativa com a TV Universitária. A primeira está ligada a Governos (como ao de São Paulo, no caso da TV Cultura), e a segunda é subordinada ao Estado, e pode produzir conteúdo variado, não só educativo. A TV educativa no Brasil tem uma história muito complicada e não conseguiu identidade própria porque é marcada pelas mudanças políticas e ideológicas do país. Mas a TV universitária pode ser diferente. Há uma lei que destina às Universidades e Instituições de Ensino Superior um canal exclusivo no sistema de televisão por assinatura. Trata-se da televisão universitária. No Brasil essa lei é nova, é de 06 de janeiro de 1995 conhecida como Lei da Televisão a Cabo.

A primeira TV universitária surgiu, em novembro de 1997, em São Paulo. Foi criada com o intuito de transferir os conhecimentos acadêmicos para a sociedade em geral e contribuir com ela em aspectos distintos. Acreditamos que esse objetivo não está sendo alcançado, pois a mensagem está sendo transmitida, mas nem sempre chega ao público. Quem assiste a TV universitária local? Não há como saber, já que as emissoras de TV a cabo não possuem medidores de audiência, mas informalmente sabe-se que o número é muito pequeno.

DESAFIOS: O primeiro desafio é encontrar a linguagem ideal para que as universidades, através dos meios de comunicação, se aproximem do grande público que está acostumado com vocabulários diferentes e que tem acesso cada vez mais rápido a todo e qualquer tipo de informação. Nesse caso, seria uma competição injusta. Outro desafio é a falta de verbas, as TVs universitárias trabalham com orçamento insuficiente para suas produções.

PERSPECTIVAS: A TV Universitária não tem interesse de obter lucros econômicos, não quer ser concorrente das TVs comercias e nem pretende tornar-se uma grande emissora está apenas preocupada com a transmissão de conhecimento à sociedade tarefa que se cumprirá com a união das universidades e dos meios de comunicação. Apesar das dificuldades, a televisão universitária vem crescendo. Cidadãos cansados da mesmice e da banalidade da televisão de entretenimento e interessados em ilustrar-se sintonizam os canais universitários em busca da palavra inteligente, do comentário sensato, da análise sólida, da informação de qualidade. A imprensa busca nela fontes de informação e novas caras para o telejornalismo. Os canais universitários, enfim, já são úteis para muita gente e cumprem boa parte de sua missão, mostrando à sociedade muito do que a universidade faz e pensa.

O foco em questão é TV universitária e Cidadania. O grande mote da TV universitária é ser um canal voltado para o compromisso com a cidadania e produção local, e ter objetivos se sustentam na não massificação da mensagem como forma de também se diferenciar das TVs comerciais. Assim, na TV universitária surgem programas sobre política, comunicação, cultura, atualidades, saúde e educação, tudo inserido em um contexto local, que atenda a comunidade de forma mais completa possível. É importante ressaltar que para que essa programação local exista, assim como, a estrutura da emissora, buscam-se parcerias para captação de recursos na iniciativa privada e nos órgãos estaduais, municipais e de classe.

No caso de Brasília, existe a UnB TV. Inaugurada em 21 de novembro de 2006, a emissora é uma rede de televisão comunitária que está inserida na idéia das tevês universitárias, e tem como intuito servir de ponte de ligação entre universidade e comunidade.

É organizada pelo Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE) da Universidade de Brasília (UnB), e está aberta à participação de professores, estudantes e servidores de todas as áreas da Universidade. Hoje, a UnB TV tem mais de 15 programas, produzidos por uma equipe de 44 pessoas.

Com uma necessidade de maior alcance, desde outubro de 2007, os programas da televisão universitária criados pela Universidade de Brasília (UnB) estão disponíveis na internet (www.cpce.unb.br/unbtv). Antes, somente os assinantes da tevê a cabo NET possuíam acesso à emissora.

A programação conta com entrevistas com artistas, debates, apresentações musicais de vários estilos, em resumo, dá voz a pessoas da cena artística da cidade e ao estudante universitário, seja para opinar sobre questões sociais, políticas ou para entreter.

Por fim, é possível observar que apesar de todos os desafios impostos, a TV universitária vem alcançando seu grande objetivo que é servir a sociedade. Além disso, ela é a prova de que a TV – um meio de comunicação tão criticado – pode ser um grande aliado quando pensamos em seu poder de persuasão.

Por Andréa Caroline Macedo (macedo.dedeia@gmail.com) e Maíra Brito (jornalistabrito@gmail.com e http://palavrasemnegrito.blogspot.com).



Referências Bibliográficas:

PORCELLO, Flávio. TV Universitária: Limites e Possibilidades. EDIPUCRS: Porto Alegre, 2002.

Referências Virtuais:

www.secom.unb.br/unbagencia/ag0108-18.htm
www.cpce.unb.br
www.direitoacomunicacao.org.br/novo/content.php?option=com_content&task=view&id=310

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Weblogs: A nova onda da comunicação

No texto de Neusa Baltazar de 2005, sobre os webloggers como promoventes da comunicação entre televisão e espectadores, fica claro que o papel dos mesmos vai muito além de simples participantes de um comunicador de massa. Desde seu aparecimento até os dias de hoje, os bloggers têm sido utilizados como ferramenta de expressão e de trabalho por várias pessoas no mundo inteiro.



HISTÓRICO

A primeira onda de webloggers se deu em 1994 com a publicação de home pages, que na verdade se tratavam de diários de pessoas desconhecidas. A pioneira neste sentido foi a estudante Carolyn Burke, que em Janeiro de 1995 pôs no ar o Carolyn Diary. Antes dela, a fama pelas performances na internet recaiu sob o estudante Justin Allyn Hall, que com apenas 19 anos de idade inaugurou uma rede de diários on line em Janeiro de 1994. Intitulado como Justin’s Link From the Underground, o diário passou a publicar todos os detalhes da vida particular de Justin. É claro que, à época, os diários eram abertos na rede por poucas pessoas e somente por aquelas que possuíam domínio sob a tecnologia HTML.
Em 1999, uma nova ferramenta foi criada para desenvolver diários on-line, alavancando desta vez uma grande leva de adeptos ao novo estilo. Chama-se segunda onda dos diários on-line. Tudo porque no mês de Julho daquele ano a empresa Pitas de Portugal, criou o primeiro software que disponibilizava a criação de diários na internet sem a obrigatoriedade de domínio na HTML. Em agosto do mesmo, ano Eva Williams criou uma ferramenta semelhante chamada Blogger que até hoje faz sucesso entre os blogueiros.

BLOG’S DE SUCESSO

O texto de Neuza Baltazar ainda destaca alguns bloggers que fazem sucesso em seu país, Portugal. Eles são sua maioria blogs acadêmicos, que demonstram a capacidade de se envolver educação com tecnologia. Outros são blogs que analisam e estudam os meios de comunicação e seu desenvolvimento atual. Muitos são os blogs de uma comunidade, ou seja, que pertencem a certo número de pessoas, que postam regularmente sobre assuntos pertinentes ao tema proposto pelo blog.
Há ainda blogs criados por TV’s privadas. Esses falam sobre séries e programas que as mesmas transmitem. Nestes, é possível acompanhar episódios passados e até mesmo mandar comentários sugerindo mudanças ou fazendo elogios. Entretando, a autora analisa cada item correspondente ao site, como o estilo do design, cores, data em que foi posto do ar, data da última publicação, se há ou não presença de fotografias e se há espaço para participação dos internautas. Baltazar também levanta dificuldades encontradas por esses blogs para se tornarem espaços de debates a respeito da comunicação e também para mantê-los sempre atuais, o que requer tempo e dedicação por parte de seus idealizadores.

INTEGRAÇÃO

Como conclusão o texto aponte que, essa nova ferramenta contribui para que não somente as pessoas, e os canais de TV, estejam mais próximos de seus telespectadores. Cada programa pode oferecer assim, não somente aquilo que foi dito no ar, mas manter um diálogo e participação das pessoas que acompanham e exigem mudanças e melhoras na grade televisiva.
Assim, a internet e suas tecnologias na comunicação não representarão ameaças aos outros meios como TV, rádio, jornais e revistas. Mas a integração de todos eles na web manterá sempre atualizada e com conteúdo os mesmos. Alguns veículos no Brasil já têm aderido a essa nova forma de comunicação.

O QUE É A DIGITAL TV?

A Digital TV surgiu a partir de idéias levantadas durante um seminário no curso de Telejornalismo do UniCeub. Uma das alunas ao apresentar um trabalho sobre o papel dos webloggers na europa, mais especificamente em Portugal, fez surgir entre a professora do curso e os alunos o desejo de fazê-lo também na rede brasileira. Os alunos das turmas A e B respectivamente estão colaborando para fazer deste blog algo único em termos acadêmicos, buscando integrar a TV com os internautas. Ou seja, por que não ter a nossa própria TV? Aqui serão lançados os trabalhos dos alunos na medida que forem avaliados. Debates, entrevistas, VT's e textos. Nosso desejo é que este blog ajude a tornar mais estreitos os laços que unem todos os setores da cominicação. Aqui você conhecerá o que alguns futuros jornalistas estão planejando e aprendendo para melhorar as relações de mídia e consumidores.

Por Hadassa K.

Referências Bibliográficas

Baltazar, NEUZA. Weblogs: um novo instrumento para a promoção da
comunicação entre televisão e telespectadores. 2005

SITES: Educomunicação/Educomunicación, em
http://comedu.blogspot.com/
(29-04-05).

Jornalismo e Comunicação, em
http://www.webjornal.blogspot.com/
(10-06-05).

Morangos com Açucar, em
http://morangomanias.blogs.sapo.pt/
(07-07-05)

Os Batanetes, em
http://osbatanetes.blogs.sapo.pt/
(06-07-05)

Os media, o jornalismo e nós, em
http://osmediaenos.blogspot.com/
(20-04-05).